RBVA11 acelera reciclagem de ativos com venda de imóvel em São Gonçalo e reforça dividendos
O fundo de investimento imobiliário RBVA11 (Rio Bravo Renda Varejo) anunciou a conclusão da venda do imóvel localizado em São Gonçalo Centro (RJ), atualmente alugado ao Banco Santander, por R$ 8,1 milhões. Essa operação, a 25ª alienação de ativo desde 2019, chega com preço 20,9% acima do valor de laudo e 2,5% superior ao custo de aquisição, gerando um lucro imediato de R$ 35 mil.
Estratégia de reciclagem ativa de portfólio
Desde sua criação, o RBVA11 vem adotando uma política de giro de ativos focada em extrair liquidez, capturar ganhos extraordinários e manter o portfólio alinhado às melhores oportunidades de risco-retorno. Ao vender esse imóvel bancário, o fundo reduz sua exposição ao setor financeiro de 25,1% para 24,9% do patrimônio investido, diversificando riscos e fortalecendo a alocação em segmentos de varejo com maior potencial de valorização.
Condições de pagamento e liquidez
Metade do valor da transação (R$ 4,05 milhões) foi paga à vista, garantindo liquidez quase imediata. Os R$ 4,05 milhões restantes serão corrigidos pelo IPCA em até 14 meses, o que equivale a prever um retorno adicional à inflação e planejar o fluxo de caixa. No total, o fundo terá acesso a R$ 7,9 milhões em curto prazo, recursos que podem ser realocados em novos negócios ou distribuídos aos cotistas.
Impacto nos rendimentos e no guidance
O ganho de capital de R$ 0,009 por cota será incorporado à distribuição de rendimentos semestrais, mantendo o fundo dentro do guidance de R$ 0,09 por cota ao mês. Com isso, investidores de RBVA11 podem esperar um acréscimo temporário na próxima parcela de dividendos, reforçando a consistência de pagamentos e a atratividade do FII para quem busca renda periódica.
Venda no Shopping Iguatemi Faria Lima: outra operação de destaque
Além de São Gonçalo, o RBVA11 também concluiu a saída de sua participação no Shopping Iguatemi Faria Lima (SP) por R$ 6 milhões. Nesta transação, o fundo obteve lucro de 28,9% sobre o custo do ativo e alcançou uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 9,8% ao ano, cerca de CDI + 0,3%. Esse resultado reforça a capacidade de a gestora capturar valor em empreendimentos de alto padrão.
Diversificação e perfil de risco–retorno
Ao girar imóveis com aluguéis atrelados a grandes locatários, principalmente bancos e varejistas, o RBVA11 constrói um portfólio mais balanceado. A redução pontual da exposição bancária cria espaço para ativos ligados a varejo alimentar, centros logísticos e shoppings de diferentes regiões, buscando renda mais previsível e potencial de valorização imobiliária.
O que esperar dos próximos passos do RBVA11
Com caixa reforçado e acesso a ganhos relevantes, a gestão deve permanecer ativa na busca por oportunidades de compra em lotes de imóveis ou participações em empreendimentos com contratos de longo prazo. A estratégia mira manter o yield em patamar sólido, ao mesmo tempo em que equilibra o portfólio conforme cenários macroeconômicos e tendências de mercado imobiliário.
Por que acompanhar o RBVA11?
Para investidores de FIIs, acompanhar a reciclagem de ativos e a consistência do guidance é fundamental. O RBVA11 demonstra flexibilidade para vender quando encontra valuation atrativo e reinvestir em novas frentes, além de sustentar uma política de distribuição de rendimentos que considera ganhos de capital e receita de aluguéis. Essa dinâmica pode fazer a diferença na performance total do investimento ao longo do tempo.

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