O mercado imobiliário tem passado por mudanças significativas nos últimos tempos, e as tendências de imóveis à venda também têm apresentado variações interessantes. De acordo com um estudo divulgado no Blog Arbo Imóveis, apesar da queda na intenção de compra de imóveis nos próximos 90 dias, houve um aumento significativo nas buscas por imóveis no Google.
No último trimestre do ano passado, houve um declínio na procura por imóveis disponíveis para venda, segundo o Raio X FipeZap. A pesquisa mostrou que o número de pessoas que pretendiam comprar um imóvel nos próximos três meses caiu de 41% para 38%, atingindo o menor patamar desde o início da pandemia. Além disso, 61% dos imóveis negociados nesse período foram vendidos com algum tipo de desconto, o maior número registrado nos últimos três anos.
No entanto, mesmo com essa queda na intenção de compra, especialistas acreditam que o cenário é otimista para o mercado imobiliário. O ciclo de cortes na Selic, que teve início em agosto de 2024, pode estimular a aquisição de imóveis, especialmente a partir do segundo semestre deste ano. A redução dos juros do crédito também permite que mais famílias contratem financiamentos imobiliários, impulsionando programas como o Minha Casa Minha Vida.
Uma tendência interessante é o aumento nas buscas por compra e venda de imóveis no Google. Segundo dados do Valor Investe, as pesquisas tiveram um crescimento médio de 12,2% em janeiro de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em alguns estados, como Espírito Santo, Piauí e Tocantins, o aumento nas buscas foi ainda maior, ultrapassando os 20%.
Além do mercado de compra e venda, a locação de prédios corporativos e galpões também tem se mantido aquecida. Em São Paulo, por exemplo, as locações de prédios corporativos apresentaram um aumento de 153% no quarto trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a absorção líquida, que considera o saldo entre áreas locadas e áreas devolvidas, teve um aumento de 170% no mesmo período.
O mercado logístico também tem se mostrado promissor, com um recorde histórico de 1,2 milhão de metros quadrados líquidos absorvidos no estado de São Paulo em 2023. Regiões como Guarulhos, Barueri e Cajamar apresentaram as maiores absorções líquidas anuais. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, a absorção líquida também registrou números expressivos.
No cenário de locação, o custo do aluguel tem aumentado em algumas cidades. Barueri, por exemplo, é considerada a cidade mais cara para quem busca morar de aluguel, com um valor médio de R$ 59,65 por metro quadrado ao mês. Campinas teve um crescimento significativo no valor do aluguel nos últimos 12 meses, com uma valorização de 28,3%.
Uma medida que promete impulsionar o mercado imobiliário é o lançamento do FGTS do Futuro. Com essa nova modalidade, os interessados em adquirir a casa própria poderão utilizar depósitos futuros do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço como garantia para financiamentos imobiliários. Isso ampliará o acesso ao programa Minha Casa Minha Vida, beneficiando famílias com renda de até R$ 2,6 mil.
No cenário internacional, a China reduziu a taxa de juros hipotecários como uma forma de estimular o setor imobiliário, que enfrentava desafios. O Banco do Povo da China cortou a taxa básica de juros (LPR) de cinco anos de 4,2% para 3,95%, a primeira diminuição desde junho de 2023. Essa medida visa impulsionar o mercado imobiliário chinês.
Em resumo, mesmo com a queda na intenção de compra, o mercado imobiliário apresenta perspectivas otimistas. Com o cenário de redução dos juros e aumento do acesso ao crédito, espera-se que mais pessoas sejam incentivadas a investir no mercado imobiliário, seja para aquisição da casa própria ou para investimento. Além disso, a locação de prédios corporativos e galpões continua aquecida, e o lançamento do FGTS do Futuro promete impulsionar as vendas pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Blog dos Imóveis
Um portal de conhecimento direcionado ao mercado imobiliário e relacionados, que espera levar ao público, empresários e investidores informações pertinentes e relevantes sobre o mercado de Luís Eduardo Magalhães, Oeste da Bahia, Litoral e Distrito Federal.